domingo, 29 de julho de 2012

Perdendo o valor da palavra "vergonha"



O país Brasil não é para ser o culpado. Mas se tratando de seu povo, acho que podemos apontar como um dos maiores freios que uma nação pode ter a falta de vergonha na cara que, até os mais altos cargos, tratam os deveres.

Entra eleição, sai eleição, e não acabam os escândalos no Senado e câmaras pelo país. Porém o que
mais chama atenção é o desleixo com que são tratados assuntos sérios como a posse de um cargo
importante no Senado. É impossível contar o número de representantes do povo ao longo da
história que, simplesmente têm assuntos judiciais ignorados ao serem avaliados para assumir um
novo posto.

No caso recente, conhecido por todos e já saturado, Demóstenes teve o seu mandato no Senado
cassado por envolvimento com Carlinhos Cachoeira. E quando pensamos que tudo vai se encerrar,
que finalmente o freio que breca todo o andamento da corrida por um país melhor vai funcionar, qual é
a primeira atitude a ser tomada? (Pois como eu já disse, e todos sabem, é um cargo de suma
importância). Isso mesmo! Assume um vereador que também é acusado de ter ligação com o
mesmo Carlinhos Cachoreira, o senhor Wilder Morais.

E é nessas horas em que cabe perguntar: onde está a vergonha desse povo todo? Se os políticos
tratam esses assuntos como brincadeira, como os países vizinhos, que mal conhecem o que se
passa aqui, vão achar de nós quando verem notícias irreais de fatos absurdos como esse?

Eu sentiria muita vergonha se meu nome estivesse ligado a um escândalo desse e em meio a todo o
acontecimento me chamassem para assumir tal cargo. Ou melhor dizendo, eu sentiria vergonha de
ter meu nome envolvido em um fato como esse.

Depois as pessoas perguntam o por quê do Brasil não andar. Quer que eu responda? Precisa?

terça-feira, 10 de julho de 2012

Quando um pouquinho de atenção tem que ser conquistada

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1117708-vida-de-moradores-de-rua-tem-reviravolta-apos-devolucao-de-dinheiro.shtml


Em meio a todas as notícias que já se tornaram corriqueiras nos veículos de informação, essa me chamou muito a atenção nessa semana.
Dois moradores de rua acharam 20 mil reais que teriam sido roubados de um restaurante chinês em São Paulo. A manchete com certeza surpreende a todos. É difícil acreditar que uma pessoa que passa fome, mora em condições miseráveis não tenha uma boa índole. Essas pessoas provavelmente já foram julgadas de maneira condenável sem ao menos terem feito algum mal a sociedade. E se pararmos para pensar, sem dúvida seriam apenas mais um casal que passaríamos sem dar a menor atenção, pois há uma “barreira natural” que nos impede de dar um minuto de atenção, ou até mesmo um pouco do que temos.
Não estou aqui para pedir a todos que saiam as ruas e distribuam tudo o que têm ou um pouco do que têm, pois isso não vai mudar a situação dessas pessoas. Temos que parar para pensar que atrás dessas peles sujas, roupas rasgadas e caras de fome existem seres humanos iguais a nós, que por algum motivo não conseguiram ser bem sucedidos na vida. Mas ser ou não bem sucedido não é sinônimo de alegria, de falta ou não de caráter.
As pessoas que se assustam com uma atitude como a desse casal, provavelmente não pensariam duas vezes em pegar o dinheiro e fazer o que sempre tiveram vontade na vida, sem nem ao menos ter a mesma condição desses moradores de rua.
Não é por que você é miserável que você não tem valores. Temos que pensar, agir e acreditar que podemos ser alguém digno sem precisar destruir o que o próximo lutou tanto para conseguir. Se todos tivessem essa harmonia de pensamentos, a melodia ditaria uma canção com final feliz.
No final dessa história, depois de muitos agradecimentos, o casal teve a opção de escolher entre: voltar para suas respectivas terras natais com tudo pago ou ganhar um emprego nesse restaurante. O casal preferiu ganhar a vida, ou recomeçar a vida trabalhando e conquistando o dinheiro de maneira limpa. Além, é claro, de uma digna refeição brasileira: arroz, bife, feijão e batata frita.
 E por fim, o que me resta é apenas uma dúvida. Por mais bonita que seja essa história e seja sim um ensinamento de quem está por baixo para quem está por cima, será que esse mesmo casal teria sido notado por alguém se não demonstrassem o verdadeiro valor que falta a muita gente, ou viveriam até onde conseguissem em anonimato sendo pré-julgados por algo que não são?




Não nos deixeis cair em tentação.... (Realmente ao pé da letra e não apenas em umas páginas soltas em uma cabeceira)

segunda-feira, 2 de julho de 2012

A sua alegria é a felicidade do seu filho?





A alegria de ver um filho realizando todos os planos que os pais projetaram para ele é um assunto incontestável. Todo pai quer ver seu filho arrumando um bom emprego, tendo estabilidade na sua vida, construindo uma família e lhe dando netinho (a).Mas a grande realidade é que a frase "a alegria dos pais é ver seu filho feliz" na prática não é o que acontece. Vamos analisar esse ponto de vista da seguinte maneira. Quem estipulou esse paradigma de que para você ser feliz, precisa ter muito dinheiro, ter uma família e um emprego engravatado? Todos os dias, vemos pessoas que escolhem fazer o que gostam e acabam sendo felizes da maneira que melhor as satisfazem. Porém, o grande ponto desse assunto é uma determinada questão que se torna cada vez mais frequente na juventude atual: o homossexualismo.
É inegável que há um crescimento nos que se declaram homossexuais nas últimas gerações. Partindo desse fato, o que me preocupa não é se aumenta ou diminui, e sim a situação de cada pessoa que sofre por simplesmente não seguir os padrões que a sociedade impõe. 
Certo dia estava discutindo sobre a relação entre pessoas do mesmo sexo, e depois de muito debater sobre o porquê a pessoa não pode ser aceita como o outro qualquer pelo simples fato de ela gostar de alguém do mesmo sexo que ela, a pessoa com quem eu debatia foi perdendo argumentos, chegando ao patamar de dizer que não achava certo, pois pessoas que tem relações sexuais como os gays, acabam tendo problemas de saúde por conta da penetração anal.
Eu juro que me espantei. Até então eu achava que as pessoas se incomodavam por não gostar de  presenciar, ou sei lá, outras questões matrimoniais, algo assim. 
Enfim... Esse argumento foi indesejado e inapropriado, pois não tinha nem pé nem cabeça. A minha resposta foi com outra pergunta: "Você então condena as mulheres que gostam de fazer anal?”.   
Claro que a resposta foi "Mas é diferente...", seguido de um sorriso sem graça. 
Então, agora eu pergunto: "Por que é diferente? Por que a sociedade diz que é, né?!?!" 
Voltando ao assunto, é muito comum que haja uma rejeição dos pais em relação ao filho que se declara homossexual. Tudo que um pai sempre pede para seu filho é que ele conte sempre a verdade, cumpra com os seus deveres e seja feliz.  
Então vamos parar para pensar. 
Cada um encontra a sua felicidade, somos diferentes, temos opiniões diferentes e escolhemos caminhos diferentes. A partir do momento em que essa pessoa se descobre homossexual, começa um mundo de mentiras dentro de casa.   
Ao contrário do que muitos pais dizem quando descobrem a opção sexual do seu filho ("Ah, meu filho está querendo me castigar fazendo isso comigo" ou "Onde foi que eu errei?"), o filho nunca quis machucar seus pais.   
Se mente, é por que você (pai e mamãe) não aceita que seu filho podem ser feliz da maneira "não-tradicional".   
Ele sabe que isso vai magoar quem ele ama, por isso constroe esse mundo de mentiras.  
Isso mesmo. Para se proteger, e para proteger vocês do que a sociedade coloca na cabeça de todo mundo, ele acaba se tornado esse "monstro" que você "passou  a conhecer" e, se desconhecia da onde veio, eu lhe digo: veio e foi construído por suas atitudes repressoras. 
Por fim, gostaria que todos os pais que passam por essa situação parassem para pensar que não são somente vocês quem estão sofrendo. Seu filho também sofre por ver o seu pai triste, por "decepcioná-lo" (entre aspas, pois não acho motivo de decepção). Minha dica da melhor forma para se tratar esse assunto é a junção de duas frases: 
"A alegria dos pais é ver seu filho feliz" + "Quem ama cuida" 
Sejam felizes, independente da opção de cada um. Pois no dia que essa pessoa não estiver mais aqui, eu aposto que você vai se arrepender de não tê-la aceito da maneira como ela é.
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Agradecimento: http://www.uparte.net/

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Ensinamento errado


Na minha primeira postagem eu irei falar sobre um fato que ocorreu com a pessoa responsável pela criação desse  blog.
Minha irmã.
Ela é portadora de necessidades especiais e usa muletas para poder se locomover.
Na realidade, eu não lembro exatamente como toda a história ocorreu mas por ter sido uma atitude tão fora de lógica para mim, isso ficou muito marcado, apesar de eu ser muito pequeno na época.
Lembro de entrar com a minha irmã em algum transporte público e ao encontrarmos um lugar para ela, uma senhora que estava com seu filho não hesitou em fazer um breve comentário que de tão desnecessário, passou a ser lembrado por mim durante muito tempo.
Querem saber qual foi o comentário?
"Meu filho, você está vendo? Você tem que agradecer a Deus por não ser assim."
E passou a fazer uma breve oração.
Depois desse fato, uma pergunta não saiu da minha cabeça. Qual a necessidade de você expor um defeito de uma pessoa sem  menor preocupação se isso irá afeta-la e qual é o conceito de pessoa perfeita que essa pobre senhora tem em mente?
Provavelmente essa mulher se arrependeria se ela visse que minha irmã tem uma saúde muito boa, nasceu em uma familia que tem dinheiro, apoia ela em tudo e que ela hoje em dia é formada em jornalismo.
Pq "ser assim" tem que ser algo ruim? Só pq ela tem limitações não quer dizer que a vida dela é um inferno.
As pessoas tem que começar a entender que uma limitação física pode ser comparada a uma limitação mental dessa "fé procurada" pela senhora da história. Ao mesmo tempo que ela se limita a acreditar em Deus, ela perde um dos conceitos do testamento. Amai ao proximo como ama a ti mesmo. Amar ao próximo é desejar o melhor a ele também, o que passou longe nesse caso.
Um conselho que eu daria para essa senhora é que, no lugar de demonizar a situação da minha irmã, ela pode educar o filho dela para poder conviver de igual para igual com as pessoas deficientes. E gostaria de pedir a todos vocês que olhem com olhos diferentes essas pessoas, mas olhar diferente a situação e não a minha irmã.
Então, gostaria apenas de dizer: "Galera, vocês estão vendo o que essa mulher falou? Agradeçam a Deus por não serem assim. E se forem, para e pense que do outro lado existe uma pessoa normal e tão capaz quanto você! "
Oremos por ela

Como surgiu a idéia do "Brincando de falar sério"

Depois de cursar uma matéria de inicialização da monografia, tomei por interesse expor as idéias que eu tenho sobre o mundo em relação a tudo.
Nesse blog eu tentarei fazer com que os leitores se identifiquem ( ou não), mas que acima de tudo reflitam sobre cada caso.
Os assuntos serão variados de acordo com cada história.
Nomes não serão citados.
E espero que a forma como eu vejo as coisas possa acrescentar um pouquinho a cada pessoa viver melhor consigo mesmo e com o próximo.